domingo, 29 de julho de 2012

Cultura da felicidade




Quando a “cultura da felicidade”
Foi propagada
E a TV e o governo e meus amigos
Exigiam que eu estivesse sorrindo
Dei conta que estava estagnada
Dormindo no ônibus
Que me leva do trabalho para casa.
Dentro de mim eu me convencia
Que sempre estaria bem
Apesar de tudo,
Que nada do que passava no mundo
Me afetava e que as respostas
Estavam no pó e no álcool.
Eu vivia enganada
Pela fumaça alucinógena das fabricas,
Pelo hipnótico barulho dos relógios,
Pela alegria das musicas
Que não nos dizem nada,
Por um horário eleitoral ‘gratuito’.

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