sábado, 7 de julho de 2012

Band-aid



Era desolador ver que tudo o que tinha
De repente não significava nada
Diante de um ser tão cruel.
Ela era magra e grosseira,
Com os cabelos emaranhados
Que prendiam meus pulsos
E assim eu me sentia tão bem.
Era um prazer tão incrível e barato
Que eu acreditei que era eu
Quem não valia nada.
Era como se um band-aid
Curasse todos os machucados.
A convidei pra comer caviar,
Mas ela pediu uma torta de frango.
As pessoas estranharam       
Um homem rico e bonito
Que sempre andou sozinho
Que rejeitou as mais lindas mulheres
Andar por ai fazendo os caprichos
De uma prostituta feia, pobre a barata.
Mas era só ela que eu queria
E quis até o dia em que ela parecia calma
Eu não desconfiei, queria tê-la,
Mas com um golpe por trás da cabeça
Me acertou e em seguida
Partiu meu corpo em pedaços
E os pôs nas caixas dos meus sapatos
E foi embora sem levar nada
Nenhum centavo.

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