terça-feira, 5 de abril de 2011


Moça I

Moça que se veste discreta,
Que condena a pura
Admira a devassa e dorme
Com a consciência tranqüila
Mesmo com tantos pecados.
Moça do olhar abandonado
Órfã de carinhos sem malícia,
Doente de ciúmes e vícios,
Se você fuma tanto assim
Vai acabar tendo um câncer,
Se não fumar nunca
Nunca vai saber como é.
Moça de cabelos presos
E língua solta e sem pudor,
Você rejeitou um bom rapaz,
Você trepou com um gigolô,
Você cobiçou aquele colar,
Você lambeu aquela mulher,
Você bebeu e mostrou os peitos
Alguém tirou sua calcinha.
Moça que caminhava lenta
Assobiava baixo detraída
Pela avenida movimentada,
Um motorista que cantava Raul
Te atropelou por acidente
Você morreu de imediato,
Eu nunca pude saber sue nome.


Nenhum comentário:

Postar um comentário