sábado, 2 de abril de 2011


Viceral

Quero algo viceral,
Que jorre dos seios
Banhados em sangue,
Algo que de tão vivo
Esteja desaparecendo,
O ultimo sopro!
Quero beber do leite
Extraído do fígado,
Quero comer o fígado
Direto da fonte.
Algo que me deixe pasma
Num desencargo
De consciência apodrecida,
Que me esmague o crânio,
Me chupe os miolos
Quente e violento
Fornalha infernal.
Quero prazer mundano,
Mulheres divinas
E um machado bem grande
Ou uma serra elétrica.
Quero lamber o útero,
Mastigar as amídalas,
Churrasco de costela
Coração no espeto!
 "Carry, a estranha." hoje me sinto assim, meio carry...

Um comentário: