quarta-feira, 13 de abril de 2011

mulher, eu te amo tanto que queria matá-la afogada numa chicara de café






Olhos noturnos

Os seus olhos noturnos
Fizeram-me afundar como se fossem rio
E fizeram-me perder a noção
Da diferença daquilo que eu
Sou ou não capaz de fazer.
A boca mais parecia
Fruto selvagem doce e maduro,
As mãos mais pareciam
Garras e os braços correntes,
Aprisionaram-me e eu me preenchi
Da tua essência nebulosa e secreta
Que se revelou a mim
De forma pouco convencional.
Através dos seus olhos noturnos
Eu conheci a beleza da noite
E me entreguei aos encantos da madrugada
Que de tão fria queimava,
Que de tão minha gemia,
Que de tão natural refletia
Dentro do quarto, dentro dos teus olhos,
Íris negra, pupila violenta

Nenhum comentário:

Postar um comentário