domingo, 1 de maio de 2011



Jack

Jack, sua navalha não me assusta,
Sua mordaça não me calará,
Suas cordas aprisionam meu corpo
Nesse calabouço sujo e frio,
Mas minha alma voa leve
E o meu coração jamais será seu.
Quanta frustração você guarda,
Qual é o seu problema?
Nós sabemos que não é pessoal,
Você apenas não se aceita
Não é mesmo Jack?
Você pode rasgar meu rosto
E abrir minhas costelas
Com o maior de seus machados,
Meu corpo continuará quente
Na sua lembrança mais triste.
E eu vou assombrar a sua casa,
Me estampar na sua arte
Pendurada em tuas paredes.
Jack, oh meu querido Jack,
Você foi o ultimo daquela noite
E o meu DNA não saiu das tuas mãos,
Tuas mãos que tocaram lugares
Que nenhum outro jamais alcançou,
Pensando estar acabando comigo
Você me libertou da lama

E da noite e da sífilis.


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