sábado, 1 de outubro de 2011

Colares de perolas e mulheres

Dos meus pulmões sopra uma força
Que ecoa mais forte e mais alto que a minha voz,
Das profundezas do meu útero, do meu pâncreas...
E quando eu não lembro nem mesmo quem sou
É apenas fechar os olhos que a resposta vem
De dentro de mim como um forte vomito
Minha essência, meu liquido biliático.
Movendo-se como um furacão,
Não existem deuses nem demônios,
Não há nada alem de mim aqui dentro,
Tão escuro e sombrio o meu mundo aqui
Onde ninguém pode me alcançar pra me criticar
Pra me ferir ou me tocar,
Eu sou deus. Eu sou lúcifer. Eu sou um pouco mais que isso
Eu sou muito mais que tudo isso,
E não é pretensão ou vaidade.
É a verdade daquilo que eu sou e sinto.
A uma certa distancia do mundo, meus olhos são câmeras
E nada pode me deter de alcançar o que eu quero,
Nunca é frio ou quente demais,
Ninguém é bom ou ruim o bastante.
Num espaço muito maior do que todo o universo
Estrela negra de infinitos particulares,
Colares de perolas e mulheres,
Que sangue e que poder delicioso!
Estrela negra do paraíso escondido,
Sereias, medusas, bruxas, mulheres.

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