No
papel em branco e seu corte
Trajado
de noiva e viúva
Ao
som do velho brega
Bebendo
junto aos amigos
Que
de imediato não conheço
Me
reconheço tão velho...
Descrevendo
sombras e gestos
Num
desespero eu quero
Que
alguém me escute
Mesmo
que nunca possa
Entender
das coisas que eu digo
Que
é quase tudo o que sinto
O
resto vi na Tv.
Por
que me acalma o espírito
Me
imaginar a te dizer,
A
te agredir com doçuras
Palavras
poucas, impuras,
No
entanto por mim inocentes
Se
você as ouve indecentes
Há
isso é problema seu.
Na
tinta escura emblemática
De
símbolos me cubro
Pinturas
rupestres em muros
Da
infância mal comentada,
A
mesma tinta que crava
Na
minha pele a horrível marca
De
só saber escrever.
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