segunda-feira, 6 de junho de 2011

duas historias



Fantasia anal

Eu projetei na tua cara de plástico
Um sorriso doce e autentico
Porque eu amava teu corpo siliconado
E teu livro de cabeceira (o kamasutra).
Em um CD gravei nosso “the best”
Dentro de um mês você me mostrou o seu pior.
Cobra coral de aluguel, te quis,
Devassa flor de anilina, eu paguei caro.
E foi entre um soco e um beijo
Que desfacelou minha fantasia anal
Você expôs suas vaidades e eu ri
Tamanha era sua vulgaridade
E quão ridículo era o medo
Que me prendia ao teu calcanhar.




Me mata de fome com a tua textura
Tão áspera e infeliz...
Eu quis ser, quis ter, estar noutro lugar.
Eu era tão jovem e tão bonita
Que acabei devorada pela língua desses diabólicos animais.
Sorrisos carmim, eu sou assim: esplendorosa!
Cor de rosa, botequim de madrugada
Eu me casei com um balcão de bar.
Que gosto estranho, ninguém nunca me entendeu,
Mas saibam todos que o melhor marido é o meu
Entorpecido copo frágil...
Me estupra e me domina infiel, ai de mim,
Minha mãe bem que tentou fazer de mim alguém melhor.

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