quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Inútil




Quanto amargor!
Que toque áspero,
Que mão inútil
Que você tem.
Dobrado, quadrado,
Não perca tempo
Sou seu avesso,
Sou ao contrário,
Sou sem querer.
E que propósito
É esse heim?
Você esnoba,
Você humilha e maltrata,
Que língua inútil,
Que ser inútil
Que você é.
Se nunca beija,
Se nunca ama de graça
Que graça tem?
Quanto azedume,
Que limão verde,
Que toco podre,
Que corpo inútil
Que você tem,
Que ser inútil
Que você é.

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